Quando e como devemos usar defensivos em hidroponia?

ste é um tema extremamente complicado de se discorrer, debater e, principalmente concluir. Mas é importante sabermos que este tema é, a cada dia, fundamental para a saúde da hidroponia. Tanto a saúde de quem aplica, de quem consome e, principalmente a saúde financeira do produtor hidropônico. O ataque de pragas e doenças em hidroponia geralmente está relacionado ao manejo ineficiente da cultura implantada, sendo ele a fonte primária do estabelecimento de pragas ou doenças no sistema. O manejo agronômico, é algo complexo e para que seja feito de maneira efetiva, minimizando os riscos e danos na produção, é de fundamental importância definir uma série de práticas agronômicas a serem adotadas pelo produtor, visando consequentemente uma produção eficiente nos quesitos de quantidade e qualidade.

Mas quais seriam as práticas a serem adotadas? Existe um protocolo único de práticas a ser adotado para todas as regiões no Brasil? Estas práticas servem para todos os cultivos hidropônicos, sejam estes de hortaliças folhosas, de frutos ou temperos?

A complexidade do tema é diretamente relacionada à complexidade nas respostas às perguntas acima! No livro “Plantas doentes pelo uso de agrotóxicos”, o autor Francis Chaboussou, trata a teoria da Trofobiose e debate tecnicamente os mecanismos fisiológicos que podem ser alterados através do uso de defensivos, reduzindo os ganhos vislumbrados em uma agricultura comercial. Abaixo pontos importantes sobre as práticas que podem ser utilizadas nos manejos:

    • Adoção de uma nutrição equilibrada: de acordo com a necessidade da planta, com recomendação a partir de curvas de absorção e com manejo apropriado, isto é: controle de pH, CE, temperatura da solução, oxigenação, renovação para que se evite o desequilíbrio nutricional, principalmente dos elementos essenciais: N, P, K e Mn (Curva de absorção).
    • Monitoramento dos parâmetros produtivos: temperaturas e umidade dentro da faixa tolerável para a cultura implantada e em função dos estágios da cultura.
  • Luminosidade: Parâmetro este propositalmente separado do climático, uma vez que sofre interferência direta da decisão do produtor quanto à limpeza e troca do plástico. Vale uma observação: os dois problemas verificados em algumas visitas ao produtor inexperiente, ou nem tanto: plásticos sujos, restringindo à radiação PAR, tão necessária as plantas, assim como aparelhos descalibrados, que são, sem sombra de dúvidas, os principais problemas aos quais temos que solucionar! Após a estes, vêm os excessos de temperatura em solução nutritiva e ambiental (este, geralmente, estrutural) e, a falta de limpeza dos perfis, que a partir do acúmulo de matéria orgânica gera-se um ambiente extremamente favorável ao famigerado Pythium (mesmo que nem todos os problemas de podridão de raízes devem ser creditados a este agente etiológico).

Estes parâmetros determinam, por exemplo, adaptabilidade das culturas a determinadas regiões. Vale ressaltar o avanço significativo na seleção de híbridos tolerantes às temperaturas fora da faixa de tolerância. Híbridos de alface são selecionados, por exemplo, a partir da tolerância ao excesso de temperatura verificados na região Norte do Brasil.

                           

Os cuidados com o manejo reduzem ou eliminam o uso de defensivos. Vale ressaltar que o uso de defensivos deve seguir critérios técnicos como cultura, pragas e doenças específicas: dosagens, carência, intervalos de entrada e monitoramento de pragas e doenças a partir do nível de dano econômico (NDE).

Para complicar, não existe defensivo registrado para o cultivo protegido. Por outro lado, o uso de defensivos alternativos, assim como controle biológico é algo crescente no cultivo hidropônico. Por fim, vale ressaltar que as práticas a serem adotadas estariam em função dos parâmetros produtivos, e que não existe um protocolo único de práticas culturais. A adequação destas práticas variam, pois alguns pontos são específicos à cada tipo de cultura, consulte sempre profissionais qualificados.

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