HG NEWS: Uso de bioinsumos na hidroponia
A aplicação de bioinsumos na hidroponia é uma técnica que vem sendo testada ao longo dos anos. Porém, a partir de 2021 o assunto ficou mais evidente, em função da demanda crescente de diversos setores do agronegócio, como os das commodities, fato este que potencializou a necessidade da movimentação do setor para a construção de um marco legal; o “Projeto de Lei n° 668”, de 2021, além de diversos Projetos de Leis estaduais.
Mas afinal, o que define e caracteriza bioinsumos?
Segundo definição do próprio Projeto de Lei: bioinsumos pode ser definido como: um produto, um processo ou uma tecnologia de origem vegetal, animal ou microbiana, destinada ao uso na produção, no armazenamento e no beneficiamento de produtos agropecuários, nos sistemas de produção aquáticos ou de florestas plantadas, que interfiram positivamente no crescimento, no desenvolvimento e no mecanismo de resposta de animais, de plantas, de microrganismos e de substâncias derivadas e que interajam com os produtos e os processos físico-químicos e biológicos.
Assim, o interessante que o uso de bioinsumos em toda a cadeia será regulamentada, o que perfaz desde o registro de produto e estabelecimentos, da produção, da embalagem, da pesquisa e experimentação voltada para o uso referenciando pragas, doenças e culturas alvo, de doses a serem estabelecidas, além da oferta, assim como da fiscalização de toda a cadeia de bioinsumos. Com isso, a regulamentação é um passo importante para a concretização da ideia e da necessidade de uso desta tecnologia; o que estabelece ações afirmativas para o estabelecimento e perpetuação da aplicabilidade de bioinsumos na hidroponia.
De forma generalista, bioinsumos são produtos que atendam a alguma melhoria no processo produtivo, que pode ser utilizado no manejo fitossanitário e nutricional, por exemplo. Assim, o uso do controle biológico é um fator de melhoria no controle fitossanitário; o uso de um biofertilizante, ou um aminoácido, ou um regulador vegetal é uma forma de melhorar o manejo nutricional na hidroponia. Exemplificamos assim, como aplicação de bioinsumos na hidroponia, a utilização de peróxido de hidrogênio e ozônio passa a englobar o rol de bioinsumos (algo que ainda carece de ser testado e validado experimentalmente).
Por outro lado, é válido afirmar que a hidroponia vem testando bioinsumos ao longo dos anos (pelo menos 15 anos), pois temos que referenciar do uso de diversos controles biológicos no “convívio” com o Pythium em solução nutritiva no cultivo da alface em regiões tropicais. Além disso, o uso de promotores que promovam o crescimento e manutenção das raízes cultivadas em soluções nutritivas que ultrapassem os 30 oC de temperatura se faz a anos em hidroponia. Além disto, “quem nunca ouviu falar” dos inúmeros testes de controle biológico com Bacillus thuringiensis, Trichoderma harzianum, Trichoderma asperellum, Bacillus Amyloliquefaciens, Beauveria bassiana, Metarhizium anisopliae, Beauveria bassiana objetivando a redução de várias pragas e doenças em hidroponia.
De modo geral, os bioinsumos serão referenciados em grupos que seguem: macro biológicos (insetos, ácaros e nematóides), microbiológicos (bactérias, fungos e vírus), promotores de crescimento vegetal (biofertilizantes, extratos de plantas e algas, inoculantes e substâncias orgânicas) e fitoquímicos/bioativos (Substâncias químicas de vegetais, semioquímicos e feromônios).
A conclusão é que temos uma grande notícia, pois a regulamentação quanto a definição de bioinsumos é um passo importante para avançarmos no processo produtivo e na ampliação de ferramentas tecnológicas para a melhoria do manejo da hidroponia, que visa a garantia de produtividade e qualidade de produtos deste consolidado e crescente sistema produtivo.
Espero que tenham apreciado este Hidrogood News e até o próximo.
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