Fases de cultivo de alface em sistema de cultivo hidropônico – NFT
Por: Dr. Gláucio da Cruz Genuino, especialista em Nutrição Mineral de plantas.
As principais vantagens da hidroponia em relação ao cultivo de campo, para o cultivo de hortaliças, são: maior aproveitamento da área na hidroponia, aumentando a produtividade em 5 a 7 ciclos por ano, juntamente com um maior controle do uso da água na irrigação, menor consumo de fertilizantes na adubação (com melhor manejo nutricional) e ainda menor incidência de pragas e doenças. Porém, é fundamental um monitoramento diário pelo produtor em cada fase da produção da alface hidropônica, principalmente o controle diário do EC e pH da solução nutritiva e o manejo para controle preventivo de pragas e doenças, para que se consiga essa alta produtividade.
Exemplificando, um produtor que produz alface em sistema convencional tem como procedimentos: o preparo do solo, com a adoção da calagem (quando necessária) e da adubação objetivando-se a melhoria química e física do solo (incorporação de composto orgânico), assim como o preparo dos canteiros (encanteiramento manual ou mecanizado), montagem do sistema de irrigação por gotejamento e a aplicação de mulching para posterior plantio, em espaçamento de 25 cm x 25 cm, via de regra. Todas estas operações têm previsão de execução entre 20 a 30 dias. Após a estas, o cultivo em si pode demandar um período entre 50 a 70 dias, para alface crespa e americana, respectivamente.
Já no momento da colheita, que é manual no Brasil, todo o sistema deve ser retirado (quando não se usa o mulching) e, toda a operação de preparo do solo deve ser recomeçada. Somando todas estas fases do cultivo convencional da alface, a produção pode demandar entre 70 a 100 dias. Todo este processo induz o produtor a rotacionar áreas para que alcance os cinco a sete ciclos ano de produção de alface crespa e três a quatro ciclos para alface americana.
Por outro lado, ao cultivar alface em hidroponia, sistema NFT, o produtor tem como procedimentos básicos, o preparo a muda na fase de germinação, da qual subdivide-se em fases de escuro (onde se induz a germinação) que necessita entre 24 e 48 horas e logo em seguida a alface é transferida para a bancada de germinação, onde permanecerá entre 7 a 10 dias para o seu transplante (dependendo das condições microclimáticas). Após os 8 a 12 dias de fase de produção da muda, a plântula é transferida para a fase intermediária, cuja duração aproxima-se de 8 a 10 dias. Já na fase final, a estimativa de cultivo é de 22 a 25 dias, para a colheita de uma alface crespa com massa de aproximadamente 350 g. Assim, estima-se um ciclo total da alface hidropônica entre 38 a 47 dias.
É importante destacar que as fases ocorrem em espaços diferentes, assim, ao se considerar somente a fase final, temos a produção de alface com tempo entre 22 a 25 dias e, consequentemente, têm-se 12 a 14 ciclos por ano e, isto sem todos os procedimentos de preparo do solo e plantio necessários para a produção de uma alface em sistema de cultivo convencional.
Assim, uma das principais explicações quanto às elevadas produtividades da alface hidropônica é a eficiência no uso da área de cultivo, com ergometria de trabalho, maior eficiência do uso da água e de fertilizantes, menor contaminação ambiental, menores perdas produtivas (estima-se uma perda de 15% entre as fases de germinação e intermediário) e, principalmente, melhor controle das variáveis produtivas.
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