USO DE ADJUVANTES NA HIDROPONIA
Adjuvantes são substâncias que tem por finalidade o aumento da eficiência de defensivos agrícolas. As suas propriedades químicas são efetivas na melhoria da fixação ou absorção de herbicidas, fungicidas e inseticidas.
Os mais conhecidos são os óleos minerais, por serem amplamente utilizados por décadas na agricultura e, em específico na hidroponia, porém, existem outros.
Os adjuvantes são divididos em dois grupos: os que possuem propriedades modificadoras das características físicas da água e demais líquidos (coesão, adesão e tensão superficial), também conhecidos como espalhantes adesivos ou surfactantes e, os potencializam a absorção dos defensivos aplicados, conhecidos como aditivos, por melhorarem a absorção das substâncias expostas à superfície foliar (a ureia é pertencente deste).
Ao consultar as bulas dos defensivos pode-se constatar a recomendação de uso de adjuvantes e, esta recomendação deve ser seguida à risca quanto a doses e intervalos entre aplicações, uma vez que ocorreram testes de eficiência do produto. Assim, o uso indiscriminado não é recomendado agronomicamente.
Dentre o grupo das substâncias como propriedades modificadoras da tensão superficial têm-se: os umectantes que agem na manutenção da calda em contato com a superfície foliar por mais tempo após a aplicação, evitando-se a evaporação da água; os espalhantes, dos quais agem na tensão superficial, o que favorece a uma melhor distribuição da calda na superfície foliar; os dispersantes, caracterizados por substâncias que atuam na coesão do solvente, o que favorece a um formato de gota com maior superfície foliar; os aderentes, que atuam nas propriedades de adesão de soluções (água) e, quando associados aos umectantes e espalhantes, potencializam a permanência do produto por um período maior, o que favorecerá a absorção foliar em plantas como, por exemplo, a couve hidropônica.
Um outro grande problema é a utilização de defensivos que possuam uma incompatibilidade de mistura. Um exemplo didático seria a mistura de água e óleo. O uso de um emulsificante é importante por atuar na tensão superficial de ambos e, consequentemente, favorecer que estes líquidos se misturem (água e óleo). Percebam que o uso de um emulsificante para fins de aplicação de defensivos deve ser recomendado em bula ou por um agrônomo responsável para melhorar a eficiência na aplicação de uma mistura de fungicidas ou inseticidas.
Destaca-se a existência de um subgrupo que também carece de recomendação agronômica, que são os surfactantes, dos quais possuem propriedades químicas específicas que, em função disto, podem reagir com íons presentes na calda. Um exemplo é a cautela de uso de um surfactante quando a água possuir altas concentrações de Ca e Mg (água dura). Assim, seu uso deve ser prescrito.
A aplicação de óleos (minerais e vegetais) tem por característica a indução do aumento da absorção do defensivo por interação com a cera, a cutícula e demais barreiras foliares; além disso, os óleos possuem propriedades que reduzem a evaporação da calda (água), assim como agem nas propriedades físicas da água (tensão superficial, coesão e adesão). Esta atuação conjunta aumenta a eficácia do defensivo aplicado.
Uma diferença entre os óleos minerais e vegetais é que o primeiro grupo além de reduzir a tensão superficial aumenta a absorção foliar (atuando como surfactantes) e os óleos vegetais atuam somente na quebra de tensão superficial. Por outro lado, o uso de óleos vegetais destaca-se por sua menor fitotoxicidade e a redução de perdas de defensivos por hidrólise, além de um custo relativamente mais baixo.
Assim, antes de utilizarem adjuvante, a pesquisa prévia ou a consulta a Hidrogood é recomendável.
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