Os filmes plásticos utilizados nas estufas de hortaliças hidropônicas
AUTOR: GLÁUCIO DA CRUZ GENUNCIO – DR. EM NUTRIÇÃO MINERAL DE PLANTAS.
É de muita valia o conhecimento do tipo de filmes plásticos a serem utilizados no cultivo protegido de hortaliças; assim, este informativo tem por objetivo elucidar e diferenciar os diversos tipos de filmes plásticos disponíveis no mercado cuja finalidade é a aplicação em estufas de cultivo de hortaliças.
Os filmes plásticos são obtidos através da polimerização (junção de polímeros e monômeros) com aditivos específicos. Os materiais mais empregados na composição dos filmes plásticos são: polietileno de baixa densidade (PEBD) e polietileno de alta densidade (PEBD), etileno vinil acetato (copolímero EVA), cloreto de polivinila (PVC). Vale ressaltar que o polietileno de baixa densidade (PEBD), aditivado anti-ultravioleta é o mais utilizado pelos agricultores.
Um dos fatores importantes para a escolha de filmes plásticos é a observação de sua espessura, sendo que sua variação é de 100 a 200 mícrons; assim como de sua largura, que pode variar de 4 a 12 m.
Quanto aos aditivos, que têm função qualitativa, destacam-se por possuírem características tais como: bloqueio a radiação ultravioleta (UV) e, infravermelho e, consequentemente, aumento da vida útil do material empregado, além de modificarem a tensão superficial e favorecerem a menor deposição de sujeira na superfície externa do filme plástico (denominados aditivos antiestáticos).
Destacam-se também por reduzirem a formação de gotículas (Filmes plásticos antigotejo). Tais funções têm como objetivo principal a garantia de maior irradiância e, consequente maior taxa fotossintética no ambiente interior ao cultivo.
Ao se adquirir um filme plástico, o produtor deve considerar a duração, transmissividade, tensão de aplicação, assim como, propriedades como antigotejo, fotoseletividade, propriedades biológicas, como a redução de pragas, como por exemplo a tripes (Thrips tabaci, Thrips palmi, Frankliniella schultzei ,Frankliniella occidentalis), devido ao efetivo bloqueio da radiação UV e, consequente redução da disseminação de viroses, tais como o vira cabeça (Tospovírus: TSWV, TCSV, GRSV, CSNV).
Dentre os filmes plásticos mais utilizados no Brasil, o “difusor de luz” destaca-se. A composição do filme plástico a partir do uso de aditivos específicos que aumentam a difusão da radiação incidente tem por finalidade o aumento deste tipo de radiação no interior da estufa ou casa de vegetação.
Com isso, a recomendação técnica para o uso de filmes específicos é baseada no estudo prévio da necessidade pontual e regional de cada produtor que deseja produzir hortaliças em sistema de cultivo protegido.