ALTA INCIDÊNCIA DE OÍDIO EM ALFACE HIDROPÔNICA: IDENTIFICAÇÃO, MANEJO E CONTROLE
O oídio (Oidium sp.) tem se tornado uma das principais doenças foliares em cultivos protegidos e hidropônicos, representando um desafio crescente para produtores no Brasil. A severidade da doença tem aumentado significativamente em regiões produtivas como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, exigindo atenção redobrada dos produtores.
Características e Sintomas do Oídio
O oídio é causado pela forma anamórfica do fungo Erysiphe cichoracearum (Silva & Lima Neto, 2007). Sua presença é facilmente identificada por um “pó branco” característico na parte superior das folhas, que corresponde às estruturas do patógeno, como micélio, conidióforos e conídios.
Com o avanço da doença, surgem sintomas de clorose nas folhas mais basais, comprometendo o desenvolvimento da planta. Os prejuízos incluem:
- Redução do crescimento;
- Aumento do ciclo de produção;
- Diminuição do número de folhas;
- Necessidade maior de limpeza na colheita;
- Queda na produtividade e qualidade final do produto.
Condições Favoráveis ao Desenvolvimento
O oídio é favorecido por temperaturas amenas a frias e umidade relativa do ar reduzida, condições frequentemente observadas no inverno e primavera. No entanto, em sistemas protegidos, o fungo pode se manifestar ao longo de todo o ano agrícola, pois o ambiente controlado das estufas pode reduzir a umidade relativa, criando condições ideais para o desenvolvimento da doença.
Principais vias de disseminação:
- Vento (principal vetor);
- Colheita (transporte pelo contato humano);
- Contato direto entre plantas contaminadas.
Manejo e Controle do Oídio
O controle eficaz do oídio deve ser baseado em monitoramento constante e práticas integradas de manejo para evitar que a doença alcance níveis de dano econômico. Abaixo estão as principais estratégias recomendadas:
- Higienização das bancadas e sistemas
- Utilize dióxido de cloro para limpeza das bancadas e sistemas após cada colheita.
- Aplicação de soluções alternativas e preventivas
- Fosfito de potássio e silicato de potássio têm demonstrado boa eficácia na redução da severidade da doença.
- O uso de Kaligreen (bicarbonato de potássio) também é recomendado.
- Evite produtos prejudiciais à estrutura da estufa
- Não utilize enxofre elementar (queimadores), pois ele reduz a vida útil de materiais como plásticos, perfis e telas de sombreamento em estufas protegidas.
- Uso de fungicidas registrados
- A aplicação de fungicidas deve ser realizada somente sob orientação técnica de um Engenheiro Agrônomo, garantindo a segurança e eficácia do manejo.
- Controle do ambiente na estufa
- O manejo do sistema de nebulização para elevar a umidade interna pode ser uma solução eficaz para reduzir a incidência do oídio. Contudo, é importante observar que excesso de umidade pode favorecer o desenvolvimento de míldio (Bremia lactucae) e induzir distúrbios fisiológicos como tip burn (queima de bordas).
Importância do Monitoramento
O monitoramento periódico é fundamental para o sucesso no controle do oídio. A identificação precoce da doença permite intervenções rápidas, mantendo a incidência abaixo do nível de dano econômico.
Conclusão
O oídio em alface hidropônica é um problema crescente, especialmente em regiões com clima ameno e em ambientes protegidos. A combinação de boas práticas de manejo, controle ambiental e uso correto de produtos preventivos e curativos, aliados ao monitoramento constante, é a chave para reduzir os impactos desta doença.
A Hidrogood está à disposição para oferecer suporte técnico e produtos de qualidade que auxiliam no manejo eficiente do oídio, garantindo a produtividade e a saúde do cultivo.
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