Crise hídrica: O que você precisa saber e como as Calhas Hidrogood auxiliam na economia de água
As notícias sobre a crise hídrica se tornaram mais frequentes nos noticiários nos últimos meses. Isso porque, com baixo volume de chuvas, reservatórios essenciais para a geração de energia por hidrelétricas estão com os piores níveis em décadas.
Essa está sendo a pior crise hídrica no Brasil nos últimos 91 anos e os impactos estão sendo sentidos em todos os setores.
As causas
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Falta de chuva
Os reservatórios das usinas hidrelétricas – principalmente das regiões sudeste e centro oeste – estão com uma grande redução na capacidade devido à falta de chuva. Isso afeta o abastecimento de água e, consequentemente, o fornecimento de energia elétrica em todo o país, impactando diversos setores.
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Má gestão
Além da falta de chuvas, a crise hídrica é agravada por fatores como a falta de infraestrutura de abastecimento, má gestão dos recursos hídricos, o não controle de problemas ambientais e falta de consciência para um consumo racional e redução de desperdícios, entre outros.
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Uso inadequado do solo
Especialistas apontam que o uso inadequado do solo também é uma das principais causas. No centro-oeste, por exemplo, existe a vegetação de Cerrado, bioma que ocupa mais de 20% do território e é um dos principais pontos de expansão da agropecuária. Com isso, a região já tem praticamente metade de sua área totalmente devastada.
Segundo Isabel Figueiredo, coordenadora do programa Cerrado e Caatinga do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), que integra a Rede Cerrado, esse desmatamento acelerado está impactando tanto a frequência de chuvas, que vem diminuindo nos último cinco anos na região, quanto na capacidade do solo de absorver e armazenar água no subsolo e devolvê-la para os rios.
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Desmatamento na Amazônia
A Amazônia tem papel fundamental no regime de chuvas da região sudeste, sul e centro-oeste. Porém, com o intenso desmatamento, a floresta tem perdido a capacidade de manutenção da umidade atmosférica, o que interrompe o ciclo de umidade e chuva, que são levadas pelos ventos para outras regiões do país.
Os impactos na economia
A crise hídrica está refletindo em diversos setores da sociedade. A oferta de alimentos e água para a população é uma das consequências mais graves, além da ameaça de corte de fornecimento de energia no país.
Além disso, com a falta de água, os serviços que necessitam dela para funcionar acabam afetados. Dentre eles estão o agronegócio, saneamento e de energia.
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Agronegócio
A carência de chuvas tem feito com que a produtividade caia e os custos aumentem, além de comprometer a logística por vias fluviais de transportes de cargas. As safras mais afetadas são de grãos, frutas e hortifrutigranjeiros. Além disso, os commodities agrícolas seguem com preços elevados.
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Saneamento
Outro problema causado pela crise hídrica é a contaminação dos reservatórios de água. Os baixos volumes de água também mostram a má conservação dos mananciais (fontes de água para abastecimento e consumo) e a necessidade de tratamento de qualidade do esgoto.
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Energia elétrica
Como dito anteriormente, a nossa principal fonte de energia são as hidrelétricas, por isso, um dos setores mais afetados é justamente o da energia elétrica.
Com os níveis baixíssimos dos reservatórios, as hidrelétricas diminuem a produção e as usinas termelétricas – que são movidas a carvão – são acionadas. Porém, o custo desta segunda é maior e isso encarece a energia no país, além de criar um efeito cascata na economia, já que os preços, em geral, aumentaram. Outro fator que colabora para o encarecimento da energia elétrica é o fato de que o Brasil começou a importar energia dos países vizinhos, mais precisamente da Argentina e Uruguai.
No dia 1 de setembro de 2021, uma nova bandeira tarifária começou a valer, a chamada “escassez hídrica”. Ela aumenta a tarifa de energia elétrica para R$ 14,20 para cada 100 kWh consumidos e deve ir até o dia 30 de abril de 2022.
A crise hídrica deve impactar também a inflação do país, que deve se manter em patamares altos. Ou seja, teremos mais juros, o spread dos bancos será maior e haverá menos consumo e menos investimento.
De forma resumida, a inflação alta faz com que o poder de compra dos consumidores diminua. Se continuarmos desse jeito, a inflação deve fechar o ano de 2021 entre 7,5% e 8%.
Principais ações para evitar a escassez de água
Diversas estratégias foram criadas para enfrentar a crise, uma delas é a dessalinização da água do mar, que visa tornar a água dos oceanos potável, porém, ainda é uma realidade distante para muitos devido ao seu alto custo.
Outra forma de economizar água é a adoção de métodos e técnicas de irrigação mais eficientes e econômicas. A mais conhecida é a irrigação, que rega as plantas a partir de uma técnica controlada, oferecendo água em certas quantidades dosadas e no momento correto para garantir mais qualidade e produtividade.
Porém, em muitas plantações, utiliza-se além da água, fertilizantes (líquidos ou sólidos) diluídos nela. Trata-se da fertirrigação. Embora seja mais comum o uso da técnica em lavouras, o que vem se destacando é a utilização da técnica combinada com substratos em ambiente protegido. Isso implica em utilizar materiais inertes (que não fornecem nenhum nutriente à planta) de origem natural ou mineral para darem sustentação às plantas.
Um dos benefícios da utilização desses materiais é que, além deles estarem livres de agentes patogênicos, protegem as raízes contra a luz, permitem uma boa retenção de água e disponibilidade de nutrientes, maior controle no desenvolvimento da planta e oxigenação adequada.
Outra vantagem que essa técnica confere é em relação à economia de água. Muitas vezes, a fertirrigação faz com que a solução nutritiva caia diretamente no solo, desperdiçando a água.
Para evitar que isso aconteça, o produtor pode utilizar calhas para recolhimento do drenado. Elas recolhem o drenado que, apesar de já ter cumprido parte da sua função, ainda é rico em nutrientes e, dependendo do seu destino, pode ser um fator acumulador de nutrientes no solo e causar não só a salinização dele dentro da estufa, mas também a contaminação do lençol freático.
Assim, recolhendo a solução nutritiva, evita-se desperdícios e não contamina o meio ambiente, impactando positivamente nos gastos com a produção.
Mas, para isso, o mais importante é garantir que os substratos cumpram a sua função, ou seja, substituam o solo servindo de sustentação para as raízes, além de mantê-las mais protegidas do calor e tenham uma boa absorção de água.
Se você quiser saber mais sobre as calhas, temos dois modelos disponíveis: a Calha Vaso e a Calha Slab. Ambas foram desenvolvidas para recolherem o drenado com qualidade para poder ser reutilizado no sistema, impactando positivamente nos gastos com a produção. Conheça os modelos e escolha a melhor opção para a sua produção.
A verdade é que de nada essas técnicas adiantam se a população não tomar consciência sobre a escassez de água. Para isso, é necessário realizar programas que visem à conscientização da população e à proteção dos corpos d’água. Proteger as nascentes e evitar que os rios sejam poluídos garantem a disponibilidade de água para toda a população de maneira eficaz.
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