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Sementes: Entenda sua anatomia e fases de crescimento
Plantar uma semente é uma atividade que muitas pessoas já tiveram a chance de fazer quando crianças, seja em casa ou na escola: Pegar um grão de feijão, colocar em um pires com algodão e água e observá-lo crescer. Em hidroponia o conceito é similar: Plantar uma semente, deixá-la germinar e observá-la crescer.
Claro que não é tão simples assim, afinal, existem alguns cuidados e etapas que devemos seguir para que a planta cresça saudável, bonita e propícia para o comércio, como por exemplo balancear a solução nutritiva com os nutrientes certos, já que nesse tipo de sistema não se usa o solo.
A anatomia da semente
Antes de falarmos sobre as fases do crescimento da semente precisamos entender um pouco sua anatomia. Ela é composta, essencialmente, por três partes: tegumento, endosperma e embrião. O tegumento tem a função de proteger. Já o endosperma é um tecido nutritivo que fornece os nutrientes necessários para o desenvolvimento do embrião nas fases iniciais, e o embrião é a parte da semente que dará origem ao novo ser. Ele é constituído por quatro estruturas: a radícula, caulículo, cotilédones e gêmula ou plúmula.
Radícula: Dará origem à estrutura de fixação da planta quando ela estiver desenvolvida, ou seja, a raiz.
Caulículo: Se torna a haste da planta. É subdividido em hipocótilo e epicótilo, a diferença entre eles está, principalmente, na capacidade de sustentação, sendo o primeiro mais resistente.
Cotilédones: Estruturas responsáveis pela nutrição primária da planta, até que as primeiras folhas cheguem. Sementes que apresentam apenas um cotilédone são chamadas de monocotiledôneas e as que apresentam dois ou mais cotilédones são chamadas de dicotiledôneas. Nesta última o endosperma é escasso ou inexistente.
Plúmula ou gêmula: São estruturas que vão dar origem às folhas primárias da planta em crescimento, porém, apesar de possuírem a mesma estrutura, diferem em termos morfológicos, sendo a gêmula característica das monocotiledôneas e a plúmula das dicotiledôneas.
Fases do cultivo
Agora que já entendemos um pouco sobre a anatomia da semente, podemos entender melhor as fases do cultivo.
Germinação: Quando uma semente germina, ela passa do estado dormente para o ativo, que é quando a radícula quebra a casca externa tornando-se uma raiz inicial e isso só pode acontecer em ambientes quentes e úmidos. Quando você está plantando diretamente no solo tudo o que precisa fazer é um buraco, colocar as sementes, cobrir e regar. Mas na hidroponia esse processo é bem diferente. Essa fase começa quando as plantas ainda são sementes e termina um pouco antes da planta desenvolver seus cotilédones externos. Elas devem ser transferidas assim que for possível ver partes salientes das plantas.
As mudas podem ser formadas em vários substratos como, por exemplo, lã de rocha, fibra de coco ou, o que recomendamos, a espuma fenólica, pois ela é mais prática e higiênica e oferece um bom apoio para a pequena muda, além de ser inerte e não interferir na absorção de nutrientes das plantas. A mesa de germinação é uma ótima opção para esta fase.
Berçário: Nesta fase as mudas ficam mais fortes. A radícula torna-se oficialmente raiz, o caulículo começa a se fortalecer e as primeiras folhas começam a ser desenvolvidas. Esta fase começa quando as plantas emergem da semente e termina quando as raízes já estão bem desenvolvidas e fortes.
Neste momento as mudas passam para os perfis hidropônicos específicos para essa etapa, recebendo a solução nutritiva balanceada com todos os nutrientes necessários para o seu crescimento. No Sistema HPM é possível fracionar o trabalho diariamente, ou seja, você replanta a quantidade que deseja.
Transplante: É a fase onde as mudas que já estão em um tamanho bom devem ser movidas para o sistema de crescimento. Em sistemas hidropônicos convencionais, quando as plantas são levadas de um ambiente para outro, acabam sofrendo estresse durante esse processo, conhecido como “choque de transplante”. Isso acontece porque elas precisam ser removidas e colocadas em algum lugar, (geralmente uma caixa) para serem levadas até o perfil de replante, o que acaba gerando um certo impacto.
Uma das vantagens do sistema HPM é que como o agricultor possui o carrinho para locomover os perfis, não há esse problema. Basta transplantar do perfil do berçário para o perfil de crescimento.
Crescimento final: Nessa fase é onde as plantas irão atingir o ponto de colheita. O ponto de colheita é diferente para cada cultura, por isso é importante conhecer bem as plantas e entender quando estão prontas para serem colhidas. O alface, por exemplo, leva cerca de três semanas. Os melhores horários para a colheita são os mais frescos, longo antes do amanhecer (para ser entregue ainda fresco), ou ao cair da noite.
Cada fase do crescimento de uma planta precisa ser acompanhada diariamente para que o produtor consiga obter hortaliças da melhor qualidade possível. Para um produtor iniciante o ideal é começar com o cultivo de alface por ser a mais simples e, caso aconteça algum problema decorrente de erros iniciais, o prejuízo será mínimo.
Além disso, na hidroponia a maior fonte de patógenos é a solução nutritiva, pois as algas competem com as plantas por nutrientes, por isso é essencial evitar a exposição da solução nutritiva à luz. Como solução recomendamos o Perfil Dupla Camada, feito de polipropileno (material indicado pela Anvisa para estar em contato com os alimentos), pois ele possui duas camadas: Branco na parte superior e lateral e a cor grafite no corpo, o que impede que a solução nutritiva receba luz, o perfil aqueça e, consequentemente, a temperatura da solução se eleve.
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