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Saiba como identificar e prevenir pragas e doenças no cultivo hidropônico
A técnica de hidroponia possui várias vantagens e uma delas é a baixa ocorrência de pragas e doenças. Mesmo a técnica não fazendo uso do solo, que é onde tem-se a maior parte dos vetores, existem fungos e bactérias que se proliferam na água. Sendo assim, acabam encontrando no sistema hidropônico um ambiente favorável.
Particularmente na hidroponia um dos principais meios de transmissão para a disseminação dos patógenos é a solução nutritiva, já que ela circula por todo o sistema e pode contaminar diversas plantas e, caso não sejam identificadas a tempo, as pragas e doenças podem ser transmitidas de uma planta para outra, infectando a plantação inteira causando um problema de proporção muito maior para o produtor. Por isso, além de treinar corretamente quem for trabalhar no cultivo (ensinando a manejar a solução adequadamente, tratar o ambiente, etc), é necessário identificar o problema antes de usar qualquer método de controle para acabar com ele, de fato.
Pragas
As pragas são aqueles insetos que sugam ou comem partes das plantas. Os principais artrópodes/pragas encontrados em cultivos protegidos são: pulgões, ácaros, mosca-branca, minadoras e tripes, associados, principalmente, com as culturas de tomate, alface e pepino. As mais comuns são:
Pulgões: Podem aparecer durante todo o ciclo da cultura, mas o período mais propício é a fase de muda, até 30 dias após o transplante. Esses insetos atacam folhas e ramos novos e as colônias situam-se no interior das folhas, preferencialmente as novas, causando amarelecimento e deformação das folhagem. Porém, os maiores danos são causados indiretamente, já que esses insetos são transmissores do vírus Y, topo-amarelo e amarelo-baixeiro do tomateiro. Eles produzem uma substância adocicada que se distribuido pelas folhas favorece o aparecimento de fungos saprófitos de coloração preta, (fumagina), interferindo nos processos fotossintéticos e na qualidade dos frutos ou das folhas.
Ácaros (rajado e vermelho): Ao olho nu são quase invisíveis, eles vivem na face inferior das folhas onde tecem teias e são mais propícios a aparecer no final do ciclo da cultura, preferindo as folhas da parte mediana da planta. Para eles, quanto mais úmidos e com temperatura elevada for o interior das estufas, melhor. Essas condições favorecem sua reprodução, podendo completar seu desenvolvimento (de ovo a adulto) entre 5 a 7 dias. Esse tipo de praga deixa manchas avermelhadas nas folhas, na face oposta às colônias, assim como o amarelecimento (clorose) das folhas, cujas nervuras ficam mais verdes.
Mosca branca: Existem várias espécies como, por exemplo, a Trialeurodes Vaporariorum (mosca branca da estufa), Bemisia Tabaci (mosca branca da batata-doce e do algodão) e a Bemisia Argentifolii (mosca branca), praga de diversas hortaliças. Esse tipo de praga causa dano pela sucção direta na planta: O inseto coloca o estilete no tecido vegetal e succiona a seiva, fazendo com que ocorra, por exemplo, no tomate, um amadurecimento irregular.
Porém, o dano mais sério causado pela mosca branca é a transmissão de vírus, seja geminivírus ou outro, pois quando o vírus infecta as plantas ainda jovens seu crescimento é paralisado e as perdas podem variar de 40% a 70%. A mosca-branca pode aparecer em quase todas as hortaliças cultivadas em estufas, como alface, pimentão, tomate e pepino.
Tripes (Frankliniella spp. e Thrips spp.): Normalmente aparecem nos meses mais quentes, sendo levados pelas correntes de ar. Podem ser encontrados na face inferior das folhas, nas brotações novas, botões florais e flores. Essa praga é vetor de vírus, como o vira-cabeça do tomateiro e raspam as folhas sugando a seiva, deformando-as. As folhas novas apresentam uma coloração prateada no início, ficando roxa posteriormente, tendo seu crescimento paralisado. Os tripes infestam um grande número de plantas cultivadas como o tomate, alface, ervas daninhas e pepino.
Doenças
As doenças são causadas por micróbios que provocam sintomas que destroem partes ou completamente a planta como, por exemplo, manchas, murchas ou melas, uma doença que infecta as folhas e hastes deixando-as com um aspecto de podridão mole e aquosa (mela). Os frutos doentes possuem uma cor marrom, textura mole e aquosa, coberta por um mofo marrom-claro.
Na hidroponia as doenças podem surgir em diferentes fases de cultivos por diferentes meios: esporos de fungos, colônias de bactérias, partículas de vírus ou insetos vetores desses, carregados pelo vento, máquinas, equipamentos e até mesmo pelos calçados e roupas dos trabalhadores.
Prevenções
Nos cultivos hidropônicos é possível adotar algumas medidas preventivas a fim de evitar qualquer doença ou praga:
• Aumente a resistência natural das plantas: Assim como nós, humanos, se as plantas estiverem saudáveis e bem alimentadas resistirão melhor às pragas e doenças.
• Mantenha a solução nutritiva bem balanceada e controlada: É através dessa solução que a planta se alimenta e recebe todos os nutrientes que precisa;
• Escolha bem o local: Construa a casa de vegetação (estufa) em um local arejado e bem ensolarado;
• Mantenha o local limpo: Tanto a estufa quanto o filme plástico ou tela devem estar sempre limpos e em perfeitas condições sanitárias bem como as bancadas, tubos hidráulicos e canais de circulação (perfis) da solução nutritiva;
• Utilize sementes e mudas de boa qualidade;
•Observe diariamente: Adotando este hábito é possível saber se elas foram atacadas ou estão adoecendo. Caso estejam com alguma praga será necessário usar algum método de controle, mas lembre-se que existem insetos benéficos, ou seja, que ajudam a controlar as pragas, pois se alimentam delas como as aranhas, joaninhas e louva-a-deus;
• Elimine as mudas que apresentam alguma anormalidade e, caso a planta já esteja contaminada, remova ela o quanto antes e observe as plantas ao redor.
• Utilize um tipo de sistema que colabore não só com a limpeza da estufa, mas com a praticidade no manejo: O Sistema HPM, desenvolvido pela Hidrogood, tem várias vantagens como, por exemplo, a agilidade no processo de colheita, manejo pelas estufas e higienização dos perfís. Isso colabora para manter uma estufa mais limpa e menos propícia a bactérias, fungos e doenças.
Amostragem
Mesmo adotando e seguindo as medidas citadas acima, os artrópodes podem entrar nas estufas e se estabelecerem como pragas. Para não ser pego de surpresa, o produtor pode adotar um sistema de amostragem pela inspeção da cultura a cada dois dias, a fim de encontrar qualquer anormalidade como, por exemplo, ovos, larvas ou qualquer sintoma nas plantas, para que a infestação seja identificada o quanto antes e as medidas necessárias sejam tomadas.
A amostragem deve ser feita nos dois lados da folha, pois muitas espécies colonizam a parte inferior, bem como em áreas consideradas problemáticas (perto da porta de entrada da estufa, da ventilação e da luz) e as áreas externas.
Assim que o produtor notar alguma anormalidade em sua plantação, caso não tenha um prévio conhecimento dos tipos de pragas e doenças mais comuns que afetam seu tipo de cultivo em sua região e não conheça sua biologia, comportamento, hábitos, danos e não saiba identificar, o mais indicado é contar com auxílio de um engenheiro agrônomo para tomar as medidas necessárias, pois todo cuidado é pouco na hora de aplicar defensivos químicos.
Existem métodos alternativos ecológicos e naturais que facilmente substituem os inseticidas, pois a maior parte deles é tóxica e prejudicial à saúde e, se não usado da maneira correta, pode prejudicar tanto a plantação quanto quem trabalha nela.